quinta-feira, 9 de julho de 2009

Beijos poemados e premiados ( em Paris, meus e teus, Antoine, da tua Marie)



perfumados, prometidos, perseguidos,
os que nem demos ainda...

são aqueles que nos fazem sonhar...
a mim, provocam ganas de poemar...

a ti, que me incitas a pressentir seus gostos,
dão o tom das nomeações...epidêmicos, perdidos,
reencontrados, emudecidos, estalados, molhados,
tímidos ou audaciosos, parisienses, brasileiros...

com quantos deles se faz um amor que se inicia?
ou qual terá sido o número fatal dos beijos de amores
que a história guardou para sempre na memória dos poetas?

beijos, somente beijos, eternos beijos de paixão,
trocados em momentos inesquecíveis, ainda que roubados no tempo...

beijos calmantes, beijos alucinantes, beijos sobreviventes de guerras
beijos imaginados e nunca dados, beijos devolvidos em cartas que voltaram
beijos de mulheres desiludidas, beijos de homens angustiados,
beijos de fêmeas felizes e de machos amados, beijos reais, beijos virtuais...

beijos com sabor de sonhos, beijos com gosto de aventura, beijos proibidos,
os permitidos pela vida, os camuflados pelo adeus, os decididos pela razão,
até os cuspidos pelo arrependimento, todos valem seu existir em lábios oferecidos,
violados, entregues, fugitivos, fechados, abertos, beijos escapantes,
de bocas que exalam sentimentos enredados como nós tão intrincados,
lábios que podem até apascentar corações revoltosos ou descompassados...

teus beijos me virão buscar qualquer dia desses, em qualquer lugar do mundo,
sei deles porque os antecipo, os aguardo e os calo, vou acalentá-los, senti-los...

depois, nada mais me fará poetar que não seja com a aura deles, seu gosto e perfume,
teremos atingido o nirvana dos beijos que a felicidade guardou para nós, um prêmio...
cida torneros
rio, 3 de maio de 2009

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