Na memória, uns murmúrios excusos, fatos e sentimentos misturados. Algumas luzes e a difusa escuridão das coisas esquecidas. Como canta o Rei, tantas emoções e o tempo passa correndo, ventanias que enfrentou, lugares que conheceu, pessoas que amou. Repetição freudiana de sentimentos confusos. E um certo entendimento agora consciente do quanto desperdiçou energia buscando compreender ou ser compreendida.
Arrumou então os cabelos brancos, prendeu-os em coque. Evitou encarar o esoelho, mas, desafortunadamente ela se viu inteira como num filme.
A clareza das cenas embaralhadas. Fixou na mente os bons momentos. Estes sim, vale a pena recordar.
O resto, ora o resto, melhor que se evapore mesmo no buraco negro da ilusão perdida.
Cida Torneros
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