sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Sol transbordante na minha tarde de fevereiro


Há um sol transbordante na minha sala
Esta tarde emana tanta luz, ofusca e exala
Cega-me a ponto de me confudir no fogo denso
Como se fora um meteoro rapido e intenso,
Derreto-me qual ouro liquefeito,
Nem me dou chance de buscar outro jeito
Para explicar o ponto de mutação do meu peito
Que ama a luz e seu infernal efeito!
Minha alma arde, desejo boa tarde
A quem nem me ouve, nem me quer, nem me espera, 
Nem sequer me atura ou comprende a fera
Que habita em mim, sob a luz intensa, na quimera
Exposta em ânsias de reviver o tempo, em pouco espaço, 
De encandescer o sentimento como se queima o aço, 
De me deixar levar pela boa lembrança 
Enquanto renovo a tola esperança
De ser feliz novamente, 
Mesmo sabendo que o coração mente!
Cida Torneros

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