terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O 2012 DA DILMA E DO BRASIL SEM MISÉRIA

Meu amigo Admar Branco, jornalista e cordelista, me escreve dizendo que a Dilma se redimiu. Ele se refere aos concursos públicos que estão sendo reabertos com "vagas para todos os lados", sinal de um Brasil emergente e atuante. Por minha parte, assisti por estes dias um discurso da Presidenta Dilma, lançando o programa Brasil sem miséria, e me ative a observar os dados que ela passava.
 
"Na última edição do ano do programa “Café com a presidenta”, Dilma Rousseff fez um balanço do programa Brasil sem Miséria, que engloba os programas sociais do governo e dá sequência ao Bolsa-Família do governo Lula. Segundo Dilma, no início do seu governo identificou-se que ainda havia 800 mil famílias que tinham direito aos benefícios do Bolsa-Família, mas ainda não os recebiam. Nos primeiros seis meses do Brasil sem Miséria, diz a presidenta, foram localizadas 407 mil dessas famílias, 90 mi a mais que a meta que havia sido estipulada para 2011. Destas, 325 mil famílias já começaram a receber os benefícios.

Segundo Dilma, um programa chamado Busca Ativa foi fundamental para a localização das famílias. Trata-se de  uma unificação de cadastros e esforços que visa ir atrás de todos os que vivem no Brasil em condição de miséria e pobreza extrema. “Até 2013, nós vamos, com certeza, encontrar todos que ainda não estão no Bolsa-Família, e dar a eles o direito e as condições para que deixem de ser extremamente pobres”.

A comandante do Executivo brasileiro,  também esclareceu que se ampliou o processo de parcerias com estados para complementar a renda das famílias mais pobres. Há convênios nessa direção com os estados do Amapá, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e com o Distrito Federal. Nesses estados, o governo estadual oferece um complemento aos benefícios previstos no Bolsa-Família.

Houve, ainda, disse Dilma, implementos ao programa social do governo federal. O número de benefícios por família foi ampliado de três para cinco filhos até 15 anos. Para as mães e gestantes, foram criados o Bolsa-Gestante e o Bolsa-Nutriz. Segundo esses benefícios, a mulher que ficou grávida tem direito a receber R$ 32 além do que já recebe. A única exigência é fazer acompanhamento pré-natal numa unidade de saúde. Depois do nascimento do bebê, nos primeiros seis meses de amamentação, a mãe passa a ter direito ao Bolsa-Nutriz, uma bolsa-alimentação. Segundo a presidenta, os benefícios já estão sendo pagos a 92 mil mulheres que estão alimentando e a 25 mil gestantes.

Dilma também destacou no programa ações de incentivo à produção contidas no Brasil sem Miséria. Estão sendo distribuídas 375 mil toneladas de sementes. Iniciou-se a construção de 315 mil cisternas para captação de água em residências pobres no campo. Programas de qualificação profissional nas cidades destinaram 61 mil vagas em 161 municípios nas áreas de construção civil, serviços, hotelaria, comércio, indústria, bares, restaurantes e cuidado com idosos.

Seu semblante era de alguém convicto dos passos que dá em direção aos desafios que enfrenta. Repetiu exatamente que os desafios não a amedrontam e pelo contrário, a estimulam. Lembrou que por toda sua vida, é movida a desafios. E lá vai ela, iniciando um 2012 que prevê um Brasil sem miséria. As classes mais abastadas talvez nem dimensionem o alcance de uma barriga sem fome, porque é mesmo difícil imaginar a miséria sólida para quem a vê de forma liquefeita em filmes ou literatura, em novelas ou como pano de fundo da história da humanidade. Miséria é guerra e é combate. Na verdade, miséria envergonha a quem pode comer e tem na mesa e no conforto da sua casa aquilo que ainda, milhões não podem ter.

Miséria humana é triste. Miséria espiritual é pior. Miséria que fecha os olhos e faz de conta que não vê, essa é o grau máximo da dissidência humana... por isso, torço por ela, por sua equipe, pelos bons propósitos, pelo povo brasileiro, e pela vitória contra a miséria, afinal, em 2012!


Cida Torneros

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