quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Esperança, a estátua vive..




Esperança, a estátua vive..

sinto-te tolo

atolado, por outro lado,

sinto-te longe

afastado, de certo modo...
sinto-te denso

sensitivo, daquele jeito,

sinto-te bobo

pensativo, quebrado peito...
sente-me toda

amargurada, da minha parte,

sente-me fraca

arrependida, antes tarde..

sente-me intensa

apaixonada, de quatro patas,

sente-me saudosa

emaranhada, e tu me matas...
sentimo-nos assim

eu em ti, tu em mim

interligados, de muitas maneiras,

sentimo-nos então com asneiras...

sente-me agora

sinto-me, embora
tu nem me fales nada

eu só te espreito, espero,

tu só de mim foges, eu quero

dizer-te que pares, penses, voltes,

entendas, revejas, contemporizes...
sentimos o quanto criamos raízes...

tu te alimentas da minha memória

eu me fortaleço na tua história,

nós sabemos que ainda seremos felizes...
Cida Torneros

Nenhum comentário:

Postar um comentário