hoje é sexta feira, 13 de fevereiro, saí da sessão do analista e entrei no cinema para assistir "foi apenas um sonho".
justo hoje quando eu me questionei o que fazer com tamanha liberdade que passo a ter aos quase 60 anos, em vias de me aposentar, sair do caminho trilhado por um período em que me senti necessária e pródiga, quando na verdade, vivi os estereótipos de casar, ter filho, descasar, trabalhar, viajar e buscar felicidade... na verdade, o que me trouxe uma visão muito boa deste filme é que me vi fora do tal contexto, e me revi como uma mulher dos anos 70 que pôde dar vazão aos seus sonhos, tornando-me eu mesma, sem ser sombra de marido ou escrava de filhos, mas um ser para quem a profissão ( jornalista), a maternidade e o matrimônio longo (24 anos) legaram muitas alegrias e realizações. o modelo apresentado no enredo ( filme, não li o livro)é clássico do histórico da sociedade americana ( e da nossa classe média em versão amenizada)quando os valores materiais e os sonhos se confundem e fundem os cérebros dos que nem conseguem se auto conhecer, e fogem de si mesmos. coincidentemente, eu sonhei a vida inteira conhecer Paris, e já marquei para ir em maio próximo, mas, adiei 4 décadas, e agora, chegou a hora de curtir a Paris da minha maturidade, com direito ainda, a uma revolução interna e francesa, por que não?
Aparecida Torneros
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