domingo, 30 de novembro de 2008

Federico Garcia Lorca


O POETA PEDE AO SEU AMOR QUE LHE ESCREVA
Amor de minhas entranhas, morte viva, em vão espero tua palavra escrita e penso, com a flor que se murcha, que se vivo sem mim quero perder-te.
O ar é imortal. A pedra inerte nem conhece a sombra nem a evita. Coração interior não necessita o mel gelado que a lua verte.
Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias, tigre e pomba, sobre tua cintura em duelo de kordiscos e açucenas.
Enche, pois, de palavras minha loucura ou deixa-me viver em minha serena noite da alma para sempre escura.
( tradução: William Agel de Melo )

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