Para você,
Desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada. Para você,
Desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir.
Todas as músicas que puder emocionar. Para você neste novo ano,
Desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
Que sua família esteja mais unida,
Que sua vida seja mais bem vivida.Gostaria de lhe desejar tantas coisas.
Mas nada seria suficiente.....
Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto,
ao rumo da sua FELICIDADE!!!
(Carlos Drummond de Andrade)FELIZ OLHAR NOVO EM 2009!!!
aqui tem música, poesia, reflexões, homenagens, lembranças, imagens, saudades, paixões, palavras,muitas palavras, e entre elas, tem cada um de vocês, junto comigo... Cida Torneros
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Um ANO brilhante pra vc!
http://www.imageloop.com/en/slideshow/ceb24202-cd70-1d65-a4e7-12313a009ce1/index.htm
Você bem sabe que eu não lhe prometi um mar de rosas
http://br.youtube.com/watch?v=2_8o6Hjw0zM
...nem sempre o sol brilha, também há dias em que a chuva cai...
...nem sempre o sol brilha, também há dias em que a chuva cai...
Hora de reaprender a amar seu par...
Nem pergunte como ou porquê
apenas recomece
pelos pelos da orelha
acenda a velha centelha
do fogo do amor adormecido
reprograme e acesse
a razão maior do sentimento
aproveite que a hora é essa
há um novo ano chegando,
tem de tudo um pouco nesse momento
reaja e reaproveite energia e luz
abrace com força o seu amor,
sinta renascer entre vocês o calor
feche os olhos, medite sobre a vida,
o prêmio, o encontro, o que for bom,
olhe na estrada o futuro incerto,
aconchegue-se a quem está tão perto,
e diga o quanto é maravilhoso dividir
com essa pessoa a felicidade e a idade...
vamos, reaprenda a amar seu par,
e siga entre nuvens, sonhos e poesias,
deixe para depois a tal incomodativa realidade...
agora, se espalhe na alegria e mergulhe nas fantasias...
Vocês merecem!!! Feliz Ano Novo!!!
Cida Torneros
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Feliz Ano Novo!!! A Happy New Yer!!!
que você sonhe
que brinde
que se exponha
que se supere
que se anime
que se abasteça
que você cresça
que se mine
de compaixão,
de amor,
de ternura,
de esperança,
de saudade,
de amizade,
de crença,
de humildade,
de irmandade,
que você se reconheça
como um ser feliz
por estar vivo
e poder lutar
por dias melhores
por um mundo justo
por filhos bem criados
por amigos solidários
por amantes bem amados
por paixões que recomecem
todos os dias do novo ano!!!
Cida Torneros
Eu não lhe prometi um mar de rosas... ( com desejos de felicidades a todos e todas!)
Um milhão de amigos: "vc bem sabe, eu não lhe prometi um mar de rosas..."
http://www.youtube.com/watch?v=hvpBQcrU9gk
Eu não lhe prometi um mar de rosas...
Rio 40 graus, acabo de almoçar com um amigo na Cadeg, em S. Cristóvão, bairro antigo, e ali, mercado popular, apinhado, gente ávida de comida boa e barata, distribuidores de frutas, flores, importados, gêneros alimentícios, lugar de gente simples, trabalhadora, misturada, nivelada pelo prazer de viver o dia a dia, com a mesmice mais gratificante.
Nas terças-feiras, eu combino, quando posso, vou com ele, comer a costelinha no vinho, uma maravilha das maravilhas, num dos pés sujos mais deliciosos do mercadão. Depois, uma passada para comprar um vinho chileno e um wiskhy importado, pela metade do preço dos supermercados da emproada zona sul, e voltamos ao batente, que fica perto, sorte nossa. Mas antes, pecado meu, como a tradicional dupla, goiabada com queijo, e me revigoro de amizade sincera, respeito mútuo, reclamo que o meu amigo anda muito calado, ele diz que gosta de me ouvir. Eu tagarelo, reconheço, conto dos mil e um afazeres profissionais, divido com ele as angústias comuns, da empresa e da vida. Ele me observa, sorri, fala dos planos com a família, mulher e filhos que cursam a faculdade. Somos pessoas comuns, cumpridoras dos deveres, colecionamos amigos, ele diz, que os tem de décadas, eu confirmo que o mesmo se dá comigo. Tenho amigos e amigas desde a infância e os conservo, os revisito na memória e quando é possível, promovo reencontros gratificantes, nem sei se chegarei ao milhão de amigos que o Roberto cantou, mas isso é o de menos, me pego cantarolando a canção velha de guerra, cansada de lamentar as distâncias entre amigos e infeliz proximidade de inimigos não declarados, como a solidão ou o desamor.
Aí, para fechar com chave de ouro nossa ida corrida para degustar as costelinhas divinas do pé sujo do mercadão, cruzamos com um operário puxando um dos muitos "burros sem rabo", carrocinhas cheias de frutas e legumes que ele conduz a algum carro de um comprador, transbordando as cores brasileiras, laranjas amarelas, bananas esverdeadas, verduras frescas, sacos de cebolas, tomates reluzentes, uvas, abacaxis, pêssegos, lá vai o homem forte e jovem, e de repente, solta a voz, enquanto sustenta o peso.
Ouço atenta, sua voz ecoa, forte, melodiosa, me traz do fundo do baú uma gravação que tento identificar quando ouvi, menina, deve ter sido, em versão interpretada pelo grupo Renato e seus Blue Caps...
Ele entoa: "você bem sabe, eu não lhe prometi um mar de rosas, nem sempre o sol brilha, também há dias em que a chuva cai"...eu comento com meu amigo, enquanto pegamos o carro de volta ao trabalho que aquele trabalhador cantador me fez refletir, mais uma vez, sobre a felicidade de viver...
Basta isso, um peso nas costas, deve ser a tal cruz de que tanto falam, a sensação de dever cumprido, e a voz solta cantarolando alguma canção que nos faça ter a certeza de que nem tudo é um mar de rosas, que há chuva entre um dia ensolarado e outro, mas que é preciso entender e aceitar, é importante estar unido com amigos e amigas, e ficar ao lado de quem pode saborear um almoço corrido, no meio da semana, num pé sujo do mercadão.
Só quero ter um milhão de amigos, mas não quero cantar sozinha, quero um coro de passarinhos, e assim mais forte poder cantar...
Aparecida Torneros
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Em 2009, filma a Dilma !!
Ela tá bem na fita, diriam os que dominam a gíria falante de um brasileirismo coloquial e televisivo. Tá com tudo e não tá prosa, seria o comentário do pessoal da quase terceira idade, gente como a gente, como ela, chegando na faixa dos "se senta no sofá" pra ver a televisão...Ledo engano, minha gente, pura falácia, nada de farmácia ou remedinho para reumatismo, o negócio é malhar e buscar estar sarada para chegar à Presidência em 2010. Difícil? Talvez, mas não impossível, com um cabo eleitoral como o dela, o Sr. Lula, Mister President, que nela aposta e dá-lhe meios e modos de ser a mãe do PAC, a benfeitora da regeneração social que este sério programa traz para o povo brasileiro.Brincadeiras e trocadilhos à parte, vejamos suas chances não como remotas, já que terá que enfrentar disputas internas partidárias e externas a lidar contra os famosos "tucanos", que tem um candidato forte e líder nas pesquisas, o Dr. Serra, governante paulista, experto e experiente. Mas, não vamos desconsiderar a moda mania de ascensão feminina na governança do poderio mundial, que vem em ondas, na Alemanha, na Argentina, no Chile, nos EUA, e por aí vai, ou melhor, vem. O Brasil tem na Dilma uma figura histórica e cheia de histórias para contar e recontar, desde a sua juventude militante em movimentos anti ditadura até sua jornada de técnica aplicada nos assuntos da energia, petróleo e gás. Saindo-se bem, demonstra que entra no mundo da política com jeito de mamma italiana, ou será brasileirona? Ela parece ter gás interno para muito mais. E lá vem ela, a nossa Dama de Ferro, ou nossa Hillary tupiniquim, ganhando força e votos. Se bem que nas pesquisas ainda seja pouco conhecida do público em geral, como candidata, mas logo crescerá em imagem e presença, em frequência e discursos.Será um bom embate, ganhará a democracia brasileira, o nível da disputa parece que vai esquentar e muito. Uma mulher candidata a presidente do Brasil, além de ser novidade por estas bandas patriarcais, é muito mais , por ser uma pessoa que terá lastro para colocar os problemas do país nas metas do seu palanque eleitoral.Esperemos que passem as festas, que ela se recupere da pequena cirurgia plástica, que nos ressurja em produção marketeira, porém, que merecemos um país discutido e bem dissecado, merecemos. Ela, o Serra, ou mais quem venham a concorrer ao posto de sucessor do presidente Lula, que se coloquem a serviço do esclarecimento, da lucidez e do respeito pelas diferenças sociais e pelo quadro de crise econômica que nos irá afetar cedo ou tarde. Sejam pródigos em alianças do bem e da consciência profunda do quanto nosso povo merece ser antes de mais nada, amado.Ora, um político dizer que ama seu povo? Por que não?Amor é desprendimento e dádiva. Quem dá sua vida em prol de uma coletividade, deve ter em mente que se doa, se dá e se responsabiliza pelos sonhos das pessoas. Vide o Obama, eta homem com costas largas e peito onde bate um coração amante do mundo, quer queira ou não, destinado a exercer o amor humano na sua plenitude maior. Lá vai ele, a partir de janeiro, repaginar o planeta. Será fotografado, filmado, mirado e admirado por cada par de olhos do universo pensante.Por aqui, é bom aproveitar o momento novo desse 2009 e filmar também. Há uma figura feminina preparando-se para ser vista desde os sertões até as megalópoles, ela está no páreo, veio correndo por fora, antes, sorria pouco, entretanto, a partir de agora, veremos que seu sorriso invadirá as primeiras páginas, convidando a mídia, para que ela se exponha e seja posta à prova :- Filma a Dilma, que ela tá bem na fita, na foto, na corrida e pode surpreender na reta final. Esperemos por 2010. Enquanto isso, feliz 2009 para o Brasil! Aparecida Torneros
domingo, 28 de dezembro de 2008
Feliz Novo Amor em 2009 para você!!!
Feliz Amor ou Feliz Ano Novo!
Isso mesmo... toda vez que chega um Ano Novo, o que precisamos é sentir que cada Ano é um Novo Amor que recomeça.
Não aquele amor egoísta do "vem a nós e o vosso reino nada", que esse é banal, consumista, gasta a energia dos que se doam para nós, com seus carinhos e atenções.
Precisamos reaprender o Amor realmente novinho, com brilho de nova embalagem, com laços de fita, enfeitado de desprendimento. Este, tão difícil de exercitar, contaminados que estamos de tanto capitalismo, que nos leva a achar que compramos sentimentos com presentinhos de shopping.
O Ano Novo tem o mérito de nos levar à reflexão de nos amarmos a nós mesmos. Deixar os vícios, ou prometer perdoar, ou começar ginásticas e dietas, tudo nos vem como uma lista bem comportada. Por que então não encabeçar esta promessa de bons augúrios e comportamentos que até mamãe aprovaria, com a certeza de que é possível Amar de modo realmente Novo?
Vou amar o som da buzina que me acorda a cada manhã no trânsito louco porque ela me faz sentir o quanto pulsa de ansiedade a vida na cidade grande.
Não deixarei de amar o tímido bom dia do meu vizinho cujo nome nem perguntei, ou por falta de tempo ou por escassez de interesse, mas que sei que gosta de ouvir canções de dor de cotovelo nas manhãs de domingo. Eu as partilho com ele, muitas vezes, com certa solidariedade inconfessada.
Preciso amar com força aqueles pedaços de calçada por onde caminho com os pés apressados, pisando as pedrinhas sem sequer observar pequenos ramos de algum capim teimoso, verdejando de natureza a aspereza do asfalto.
Amarei sem pestanejar o sorriso infantil da garotada que passa, saindo das aulas, em bando, como borboletas barulhentas, e nada mais são do que a mocidade em festa, o futuro em volteios de alegria, sem ligar para os meus tensos momentos de busca pessoal.
Vou amar com meticulosidade científica cada gota de chuva que cai sobre minha cabeça, quando me embrenho no mundo, como a musa do Jorge Benjor, toda de branco, toda molhada e despenteada, no meio da chuva.
Quero ser a figura desarrumada, da mulher que corre entre milhões de buzinas tocando sem cessar, musa de algum poeta que virá correndo só pra ver o seu Amor ( euzinha, saltitante, risonha, de braços abertos em estonteante felicidade...)
O Novo Amor é como o Novo Ano...vem porque é chegada a hora de vivê-lo dentro e fora de nós, com a grandeza da paixão pela vida e a disposição para rir e chorar , quando for preciso ou inevitável.
Feliz Novo Amor em 2009 para você!!!
Aparecida Torneros
Oi, Cida ( mensagem recebida da Cris)
Oi Cida! Amo presenciar sua alegria de viver, não sabe o quanto isso representa pra mim, em muitos momentos de minha vida, desde que nos conhecemos até nos tornarmos irmãs mesmo!!!
To aqui com nossa mãe, que acabei de sequestrar, e trazer pra minha casa aqui em Búzios, pra q ela não saiba da morte do seu irmão querido, antes que possamos saber a qtas anda seus trombos no coração, que podem se deslocar pra qualquer lugar, se fizer arritmia.Na verdade não tenho vontade de dizer em momento algum, porque acho q ela não tem esse espírito da compreensão da vulnerabilidade do que amamos, tampouco consegue festejar o que restou ou o que podemos lançar mão todos os dias para nos reabastecer, as vzs perco a direção disso tb, e aí entra voce lindíssima com seu sorriso, e de taça na mão, a me mostrar que viver é exatamente do tamanho da emoção que permitimos ao nosso coração.
Por tudo isso, e mais alguma coisa que não consigo extrair em palavras TE AMO, e te desejo um TEMPO NOVO MUITO FELIZ E ILUMINADO COMO VOCE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Cristina Márcia Dias
sábado, 27 de dezembro de 2008
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Confusos amores...
Confusos amores
Ainda que não pudesse, mesmo que não tentasse, apesar das desistências, a par das reticências, em detrimento dos adiamentos, considerando os contratempos, ainda assim, ele, o amor, insistia em renascer.
Ele brotava tão verde quanto os galhinhos atrevidos em troncos de árvores vividas, e brilhava com jeito especial, ao mostrar-se capaz de fazer reviver sentimentos adormecidos...
Era só mais um amor...dentre tantos amores confusos, já vinha este, novo e especial, a lhe fazer arder as entranhas, aquecer as ancas, entumescer as extremidades, secar-lhe a bôca, tornando-a ávida de abrir-se à idéia de reconhecer, em outro ser, a sensação da busca que se faz entrega , do sonho que se faz real.
Não lhe valiam mais, nesse momento, os argumentos baseados em histórias vividas, em lembranças marcantes de amores intensos com despedidas passionais, isso já nem contava mais agora, porque , a cada final de conto, ela, decididamente, acrescentava um ponto... de interrogação...e agora?
Ainda que não quisesse, mesmo que não se permitissem, apesar das diferenças, de mundos, idades ou crenças, em detrimento dos sofrimentos, considerando os desencantos, ainda assim, ela, esse amor...viveria...
Aparecida Torneros
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
O Natal ( Olavo Bilac)
O Natal
Olavo Bilac
( 1865- 1918 )
Jesus nasceu. Na abóbada infinita
Soam cânticos vivos de alegria;
E toda a vida universal palpita
Dentro daquela pobre estrebaria...
Não houve sedas, nem cetins, nem rendas
No berço humilde, em que nasceu Jesus...
Mas os pobres trouxeram oferendas
Para quem tinha de morrer na cruz.
Sobre a palha, risonho e iluminado
Pelo luar dos olhos de Maria,
Vede o menino Deus, que está cercado
Dos animais da pobre estrebaria.
Nasceu entre pombas reluzentes;
Na humildade e na paz deste lugar,
Assim que abriu os olhos inocentes
Foi para os pobres seu primeiro olhar.
Natal! Natal! Em toda a natureza
Há sorrisos e cantos, neste dia...
Salve Deus da humildade e da pobreza
Nascido numa pobre estrebaria.
Jesus nasceu! Glória a Deus nas Alturas e Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade
O nascimento de Jesus
Lc 2,1-14
Naquele tempo o imperador Augusto mandou uma ordem para todos os povos do Império. Todas as pessoas deviam se registrar a fim de ser feita uma contagem da população. Quando foi feito esse primeiro recenseamento, Cirênio era governador da Síria. Então todos foram se registrar, cada um na sua própria cidade. Por isso José foi de Nazaré, na Galiléia, para a região da Judéia, a uma cidade chamada Belém, onde tinha nascido o rei Davi. José foi registrar-se lá porque era descendente de Davi. Levou consigo Maria, com quem tinha casamento contratado. Ela estava grávida, e aconteceu que, enquanto se achavam em Belém, chegou o tempo de a criança nascer. Então Maria deu à luz o seu primeiro filho. Enrolou o menino em panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na pensão. Naquela região havia pastores que estavam passando a noite nos campos, tomando conta dos rebanhos de ovelhas. Então um anjo do Senhor apareceu, e a luz gloriosa do Senhor brilhou por cima dos pastores. Eles ficaram com muito medo, mas o anjo disse: - Não tenham medo! Estou aqui a fim de trazer uma boa notícia para vocês, e ela será motivo de grande alegria também para todo o povo! Hoje mesmo, na cidade de Davi, nasceu o Salvador de vocês - o Messias, o Senhor! Esta será a prova: vocês encontrarão uma criancinha enrolada em panos e deitada numa manjedoura. No mesmo instante apareceu junto com o anjo uma multidão de outros anjos, como se fosse um exército celestial. Eles cantavam hinos de louvor a Deus, dizendo: - Glória a Deus nas maiores alturas do céu! E paz na terra para as pessoas a quem ele quer bem!
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
lembranças do Natal de 2006 ( meu último Natal com meu pai)
troca de emails entre eu e Marcia Pimenta, dezembro de 2006....
Marcia
claro que as coisas nao acontecem por acaso...
ontem, eu contratei um Papai Noel que chegou uma hora antes à minha Casa..ele se veste de Bom velhinho há 46 anos. e anda por aí, por cidades, shoppings, escolas, ruas e casas...nesse período..
chegou acompanhado da esposa e de um filho que dirigia o carro vermelho.
pois, como eu ia levá-lo a casa do meu irmão, com os presentes para a familia..
pedi que subissem enquanto aguardávamos a hora de ir. meus pais, meu irmão e cunhada estavam na missa...
pois, quando eram 9 e meia e descemos pra pegar o carro, na marquise de uma loja ao lado do meu prédio, de repente, vi uma mulher negra, sentada no chão, com um carrinho de supermercado cheio de sacos de plástico, provavelmente todos os seus pertences...ela tinha a cabeça baixa, pensativa, e chovia. aproximei-me e perguntei se ia ficar por mais tempo pois eu , na volta traria algo para ela comer...ela me sorriu afirmativamente, com a boca destentada, e uma quietude sem igual...fui... participei da ceia com a familia e a entrega dos presentes... do Papai Noel que seguiu cedo para outras casas. as 11 e meia, meus pais que são idosos ( 85 e 80) queriam voltar pra seu lar, meu irmão pegou o carro, embora moremos próximos e nos trouxe...entre deixar meus pais em casa, e me trazer até minha porta, o tempo foi passando...eu até tinha me esquecido da criatura a quem prometera alimento...pois, exatamente à meia noite, ao pararmos na calçada, ela lá estava, mansa como um cordeirinho, feliz, me esperando e sorriu de novo....os fogos começaram a espoucar..eu senti um arrepio...meu irmão se foi eu subi rapidamente, arrumei o que tinha pronto e desci, para lhe dar a comida e o refrigerante. Ao entregar, sua expressão de "obrigada", me cortou o coração...
A mulher "mansa", solitária, risonha, cuja pele negra reluzia com o reflexo das varandas iluminadas, veio até mim, na noite de Natal.
Entrei em casa, onde passei a madrugada, sozinha, como ela, ou melhor, passamos juntas...eu, mais tarde, olhei-a adormecida, recostada, e desejei-lhe baixinho, um Feliz Natal, e sei, que ela me desejou também, nalgum sonho, no seu sub-mundo de moradora de rua.
Mas, pela manhã, quando acordei, vi que já não estava mais lá... A calçada estava vazia. A noite de Natal fôra um sonho? Ou ela terá vindo enviada para que eu realizasse meu desejo expresso no poema?
Estou de novo arrepiada...
beijo
Cida
marcia.pimenta@globo.com escreveu sobre o poema... Quero os mansos neste Natal...
Lindo poema, Cida!
ontem, eu contratei um Papai Noel que chegou uma hora antes à minha Casa..ele se veste de Bom velhinho há 46 anos. e anda por aí, por cidades, shoppings, escolas, ruas e casas...nesse período..
chegou acompanhado da esposa e de um filho que dirigia o carro vermelho.
pois, como eu ia levá-lo a casa do meu irmão, com os presentes para a familia..
pedi que subissem enquanto aguardávamos a hora de ir. meus pais, meu irmão e cunhada estavam na missa...
pois, quando eram 9 e meia e descemos pra pegar o carro, na marquise de uma loja ao lado do meu prédio, de repente, vi uma mulher negra, sentada no chão, com um carrinho de supermercado cheio de sacos de plástico, provavelmente todos os seus pertences...ela tinha a cabeça baixa, pensativa, e chovia. aproximei-me e perguntei se ia ficar por mais tempo pois eu , na volta traria algo para ela comer...ela me sorriu afirmativamente, com a boca destentada, e uma quietude sem igual...fui... participei da ceia com a familia e a entrega dos presentes... do Papai Noel que seguiu cedo para outras casas. as 11 e meia, meus pais que são idosos ( 85 e 80) queriam voltar pra seu lar, meu irmão pegou o carro, embora moremos próximos e nos trouxe...entre deixar meus pais em casa, e me trazer até minha porta, o tempo foi passando...eu até tinha me esquecido da criatura a quem prometera alimento...pois, exatamente à meia noite, ao pararmos na calçada, ela lá estava, mansa como um cordeirinho, feliz, me esperando e sorriu de novo....os fogos começaram a espoucar..eu senti um arrepio...meu irmão se foi eu subi rapidamente, arrumei o que tinha pronto e desci, para lhe dar a comida e o refrigerante. Ao entregar, sua expressão de "obrigada", me cortou o coração...
A mulher "mansa", solitária, risonha, cuja pele negra reluzia com o reflexo das varandas iluminadas, veio até mim, na noite de Natal.
Entrei em casa, onde passei a madrugada, sozinha, como ela, ou melhor, passamos juntas...eu, mais tarde, olhei-a adormecida, recostada, e desejei-lhe baixinho, um Feliz Natal, e sei, que ela me desejou também, nalgum sonho, no seu sub-mundo de moradora de rua.
Mas, pela manhã, quando acordei, vi que já não estava mais lá... A calçada estava vazia. A noite de Natal fôra um sonho? Ou ela terá vindo enviada para que eu realizasse meu desejo expresso no poema?
Estou de novo arrepiada...
beijo
Cida
marcia.pimenta@globo.com escreveu sobre o poema... Quero os mansos neste Natal...
Lindo poema, Cida!
Lembrei de uma cena que vi ontem voltando do Natal que foi na casa da Minhamãe: Vi muitas pessoas sozinhas, abandonadas pelas ruas, dormindo nachuva... mas ali na área da Leopoldina Rego tinha um grupo grande, embaixode um viaduto e uma certa animação! Era uma freira, ali naquela escuridãodeserta da madrugada dando pão a quem tinha fome: O verdadeiro espírito doNatal!
Bjs,Márcia
COLETÂNEA DE NATAL, PRA LER COM CALMA...
NESTE NATAL , QUERO OS MANSOS
Quero os mansos...nesta Noite quero-os todos ao meu redor, como pequenos seres de aconchego a eles darei meu testemunho da fé que ainda cultivo pela humanidade inteira, quase toda em rebuliço... Quero os mansos de pés descalços, os de pele curtida, junto de mim espero que repousem suas almas plácidas, seus ares de conformação, sua compreensão pelos fracos, seu perdão pelos maus comandantes, sua carícia desprendida... Quero os mansos de voz melodiosa, os de canção que embala, aqueles de abençoada passagem pela terra, sem a mancha da ambição, quero-os, melhor dizendo, dentro de mim, para que me aperfeiçoem... que me façam aceitar as diferenças cruéis e me clareiem a comunhão... Quero os mansos... por esta madrugada inteira, com a paz que me ofertarem com a aura do amor dadivoso, com a certeza do sublime, com a magia da culpa desfeita... preciso deles para combater a solidão do meu pensamento infestado de abandonos... Mas, se os mansos não me visitarem na noite de Natal, eu prometo, irei ter com eles... porque preciso ser humilde, buscar as esquinas da periferia, dar um pão a quem tem fome, vinho a quem tem sede, abraçar um corpo magro e abandonado, olhar nos olhos um irmão que me espera, por aí, sem sequer saber meu nome, mas confiante em que o farei feliz... Pelo menos nesta noite de Natal, com cada manso que puder encontrar, partilharei minhas dores, apertarei suas mãos entre as minhas, e cantarei ... então é Natal... com lágrimas nos olhos e coração em festa...
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Ele vem para o Natal!
Ele vem para o Natal
Maria Aparecida Torneros da Silva
As ruas pareciam labirintos apinhados de gente afogueada, correndo feito maratonistas, as pessoas voavam em bandos, atropelando-se, com expressões de ansiedade nos rostos que denotam o espírito das festas de fim de ano.
Toda vez que dezembro chega, ela pensa no quanto é incrível a renovação do sentimento de irmandade apregoado aos quatro cantos, como se isso fosse possível na humanidade tão mal acostumada às competições, às guerras e a uma violência infelizmente presente no dia a dia de todos os mortais.
Nos últimos Natais, Maria optou pela paz do seu recolhimento individual. Passou-os sozinha, degustando um bom vinho, comendo algumas iguarias, rezando pelas criaturas de boa vontade e até por aquelas incapazes de amar, autoras de feitos maléficos, os pobres de espírito, que infernizam seus semelhantes com maldades atrozes.
Maria compadeceu-se dos doentes e dos abandonados. Orou por eles, com contrição, pedindo ao Deus dos Homens que os protegesse e confortasse.
Para si, limitou-se a insinuar que bem poderia ter alguém ao seu lado a cada novo Natal. Estava sem marido há tanto tempo. Poderia ser um parceiro amigo e sincero. Melhor seria se Ele viesse envolto em aura de atração e desejo.
Mas, não ousara esperar tanto da vida. Na maturidade, ela se conformava com o destino.
Depois de criar os filhos, que ficaram cada vez mais distantes, passando para aquela visita rápida e obrigatória, deixando-a com seus pensamentos de saudade dos tempos em que tivera uma grande família reunida em volta da ceia da noite santas, ela agradecia, mesmo assim, porque, pelo menos, eles se lembravam de dar-lhe um alô apressado.
E ali ficava, na sala, tendo por companhia a televisão ligada, apresentando os shows com mensagens de confraternização, ou a missa do Galo, transmitida diretamente de Roma.
Era mesmo um alento. Sabia-se sozinha, sem sentir-se assim, porque preferia crer que em algum lugar do Universo, havia um par que chegaria num desses Natais, para brindar com ela, pelo Nascimento do Menino Deus, simbolicamente, enquanto se olhariam com ternura e cumplicidade.
Sempre pensava: Ele vem para o Natal! Nos dias que antecediam a data máxima da cristandade, Maria se esmerava em enfeitar a casa, comprar roupas novas, ajeitar os cabelos, abastecer a geladeira, pendurar badulaques na árvore iluminada e colorida.
Sempre ouvia uma voz interna que lhe dizia: Ele vem para o Natal!
Maria se mantinha esperançosa. Não sabia nem o que a fazia crer que teria a companhia do seu príncipe encantado na noite de Natal.
Um dia, conheceu um homem simpático que a cobriu de atenções e a fez acreditar que era possível amar intensamente, apesar da maturidade.
Ele morava em outra cidade. Viam-se pouco, mas mantinham contato sempre.
Dezembro chegou. Maria ficou ansiosa. Será que Ele vem mesmo para o Natal? Ele não dera certeza, alegou a necessidade de passar com seus filhos na cidade distante. Ela considerou justa a causa e preparou-se para mais um Natal solitário.
A noite de 24 de dezembro pegou-a um pouco cansada. Preparou as rabanadas como a prendera com sua avozinha, ainda menina. Arrumou uma linda mesa. Tirou os cristais para fora, a louça mais fina que dispunha. Sabia que receberia muitos telefonemas.
Assim foi. As horas foram passando. Os filhos deram aquela passada corrida, amigos ligaram. O carteiro entregou mensagens de boas festas. A cada vez que o telefone tocava, seu coração disparava. Queria pelo menos, ouvir a voz dele.
Adormeceu no sofá. Havia exagerado nas doses de vinho, enquanto assistia a um coral maravilhoso na televisão espanhola. De repente, uma voz cantava suavemente: Ele veio...Abra a porta... Ele veio para o Natal...Acordou, sobressaltada. Seu sonho o trouxera, uma ilusão, pensou...
Trocou de roupa. Dirigiu-se ao quarto. Restava dormir na cama e esperar pelo próximo Natal. Estava mesmo sozinha. Aconchegou-se na maciez dos lençóis ao mesmo tempo em que duas lágrimas correram teimosas pelo canto dos olhos. Repreendeu-se pela auto-piedade.
Afinal, já tivera tantos Natais felizes. Este era apenas mais um, em que tinha saúde, podia adormecer em paz. Ele não era tudo nessa vida. Era na verdade, um capricho feminino imaginar-se abraçada a Ele na noite de Natal.
A campainha tocou. Ela se assustou. Olhou o relógio. Meia noite e meia. Correu para atender, ainda que meio descomposta, abriu a porta. Um ramo de flores cor de rosa escondia um rosto querido.
Maria não agüentou e chorou copiosamente. Recebeu o buquê, ao passo que seus braços confundiam-se em torno daquele corpo cujo calor irradiava um grande bem. Ele veio... murmurou com sua voz interna...
Ele apenas disse: - Eu vim passar o Natal com você. Desculpe se não avisei, mas o telefone estava sempre ocupado. Feliz Natal, Maria!
Quem não traz seus Natais dentro do peito ?
Quem não traz seus Natais dentro do peito ?
Quando o Natal chega, todos os anos, não há como evitar, ela lembra de muitos Natais da sua vida. Recorda-se do carrinho azul que viu seu irmão brincar há mais de oito décadas, em manhã de um dezembro distante no tempo, mas tão presente na memória e aí, ela sorri.Naquele tempo, eles moravam numa casa grande, com quintal arborizado, no subúrbio que marcou sua infância feliz. Como eram bons aqueles Natais, de folguedos e birnquedos, família e vizinhos, amigos e simpatícos agregados, trocando abraços, sorrisos e pratos saborosos.Saudade das rabanadas da portuguesa Filomena, dos bolinhos de bacalhau feitos carinhosamente pela vó Luzia, e como era delicioso o frango com lentilhas que a mãe Maria preparava. Vinham em ondas aquelas imagens de pessoas e lugares, evoluindo para a sua adolescência, seus primeiros amores e finalmente, abrindo o baú, nas tardes lentas da velhice, pegava as fotos amareladas do seu casamento com Joaquim e dos seus filhos meninos, Luizinho e Bentinho.Agora, morando num asilo para velhice, Anita se desmancha em sentimentos de saudade, justamente nessa época natalina. Sabe que a sensibilidade lhe aflora ao peito, faz dela uma criatura mole que nem manteiga derretida, a pensar no tempo que correu célere e no quanto foi possível aproveitar a vida, lutar pela criação dos filhos, tê-los visto se formarem, ter segurado nos braços netos que também tinham crescido.A doce Anita de oitenta e tantos anos, ali, naquela casa de repouso e senilidade, traz dentro de si, muitos Natais presos no peito, e, quando as atendentes chamam para a ceia da noite Santa, busca enfeitar-se com seu melhor vestido, o azul royal, de golinha rendada e branca, para juntar-se à sua nova família, senhoras e senhores que dividem com ela, seus momentos de lazer e de oração, refeições frugazes e a certeza do dever curmprido.Conclama a todos que rezem agradecendo aquela comida especial e tão bem cuidada, sorri em reverência a cada amigo ou amiga que lhe cumprimenta. Repete um 'Feliz Natal' que imagina seja o mesmo que seus filhos e netos estejam desejando aos amigos e amigas neste momento em algum lugar, apesar de não receber há muito sua visita, mas lhe mandaram presentes, como chinelos, sabonetes e colônias. Um motorista veio trazer uns dias antes.Explicou que todos tinham viagem marcada e que telefonariam, se pudessem, no dia de Natal, para ela.Anita pensa que já tem um bisneto que nunca viu, ele deve ter uns cinco anos, ela reflete.Tudo bem, Anita pensa: - Deixai-os viver Senhor Jesus, e protejei-os, meu Pai do Céu. Meus filhos ainda são meninos para mim, apesar de cinquentões. E meus netos, já na casa dos trinta, têm muitas responsabilidades, filhos e trabalho, tenho que entender sua falta de tempo e só quero que todos estejam felizes, nesta Noite, como eu estou, aqui, tão bem cuidada.Repentinamente, como se fosse um Anjinho de Natal eis que surge no salão de refeições do asilo, um menino risonho, correndo, que dispara na direção da vovó Anita, para abraçá-la, o que faz com que todos interrompam o jantar e observem a cena- Quem é você, lindo pequerrucho? Anita indaga, extendendo as mãos e acolhendo o infante arfante.- Vc é minha vó Anita, eu vi no retrato que a meu vô Bento me mostrou. Eu pergunto a ele todo dia onde vc mora. E hoje, que é Natal, pedi a ele que queria ver a minha vó Anita... Tô aqui, na sua casa, né? vim passar o Natal com vc, né? vc quer esperar o Papai Noel comigo?Anita ri... vê que agora entram no refeitório, seu filho Bento, a nora, os pais do guri risonho, seu neto e esposa, e os observa, com certa perplexidade, pois há muitos Natais que não os vê e pensava que estavam todos a viajar nos feriados de final de ano, conforme lhe dissera o potador dos presentinhos, dias antes.Mas, Bento, com jeito de filho arrependido, vem dizer à mãe, emocionado, que o pequeno Joaquinzinho não aceitou viajar. Convenceu a todos a irem visitar a bisavó, que ele vivia beijando no retrato, chegou a ficar febril a repetir que só queria ver a vó Anita no Natal, e esperar, com ela, pela chegada do Papai Noel.Anita foi aplaudida pelos companheiros e companheiras de asilo. Agradeceu a visita, abraçou o bisneto, o filho e toda a família, convidou-os a sentarem à mesa. Manteve o menino no colo, que a acariciava, enquanto se pergunta, internamente: - Quem não traz seus Natais dentro do peito?Este Natal é mais um deles, que ela jamais esquecerá, e fará parte da lista de Natais do Quinzinho, daqui a algumas décadas, com certeza.
Aparecida Torneros
domingo, 21 de dezembro de 2008
De presente, meu sorriso, para ti...
darei a ti meu sorriso franco
é de graça, nem pense em pagar,
tem a graça da pura graça da vida
é meu sorriso de dente branco
boca exprimindo vontade de te abraçar
e desejar feliz ano novo, feliz subida
aos céus do amor, da paz e dos sonhos
sem mais medos ou pensamentos tristonhos,
só alegrias é o que te desejo nesse fim de ano
para que recomeces do zero, que faças um plano
o de se auto-amar, melhor que tudo, amar a todos,
por mais utópico, difícil, estranho, desafiante tratado,
melhor ainda, amar o Amor e se surpreender amado...
porque amar alguém e ser amado enfim, depende do lado
em que se dá ou recebe o sorriso... basta abrir mão de si
distribuir carinho, abdicar do egoísmo, cantar dó-ré-mi
vale apelar para os anjos, acreditar na magia do Natal,
ensaiar no espelho, cantarolar um hino, aceitar o Divino,
e soltar a alma da sua prisão infeliz, voltar a ser menino,
reaprender a ser menina, com as amigas brincar no quintal...
Dou-te meu sorriso de feliz Ano Novo, nem precisas dar-me nada...
Ofereço-te minha PAZ e agradeço porque me aceitas descomplicada...
Afinal, nem fui ao shopping comprar este presente, fui ao sonho,
descobri que posso te ofertar meu melhor afeto com a minha risada...
Aparecida Torneros
www.mensagensvirtuais.com.br/powerpoint/Amor/Nem_bem_te_vi_me_apaixonei.pps -
é de graça, nem pense em pagar,
tem a graça da pura graça da vida
é meu sorriso de dente branco
boca exprimindo vontade de te abraçar
e desejar feliz ano novo, feliz subida
aos céus do amor, da paz e dos sonhos
sem mais medos ou pensamentos tristonhos,
só alegrias é o que te desejo nesse fim de ano
para que recomeces do zero, que faças um plano
o de se auto-amar, melhor que tudo, amar a todos,
por mais utópico, difícil, estranho, desafiante tratado,
melhor ainda, amar o Amor e se surpreender amado...
porque amar alguém e ser amado enfim, depende do lado
em que se dá ou recebe o sorriso... basta abrir mão de si
distribuir carinho, abdicar do egoísmo, cantar dó-ré-mi
vale apelar para os anjos, acreditar na magia do Natal,
ensaiar no espelho, cantarolar um hino, aceitar o Divino,
e soltar a alma da sua prisão infeliz, voltar a ser menino,
reaprender a ser menina, com as amigas brincar no quintal...
Dou-te meu sorriso de feliz Ano Novo, nem precisas dar-me nada...
Ofereço-te minha PAZ e agradeço porque me aceitas descomplicada...
Afinal, nem fui ao shopping comprar este presente, fui ao sonho,
descobri que posso te ofertar meu melhor afeto com a minha risada...
Aparecida Torneros
www.mensagensvirtuais.com.br/powerpoint/Amor/Nem_bem_te_vi_me_apaixonei.pps -
aqui faz calor, lá está nevando...é Natal...
depois da chuva
depois do frio
então me olhou pedinte
nem falou da saudade...
não precisava, a dor é nossa
e ninguém tasca...
a dor não é dor...é só falta
do abraço de verdade
porque na imaginação
estamos mesmos agarrados
como dois pássaros
nos abrigamos da neve e do tempo
precisamos vencer o espaço
a distância, qualquer circunstância
onde paire a dúvida ou a indecisão...
o fato é que o Natal chegou
para todos nós, os que sentem calor
os que passam frio, os do Rio,
os de Nova York, os da Europa, da Austrália, de Israel, Iraque e Afeganistão, onde estão?
nos braços agarrados das suas dores, nas sensações arrepiantes das suas saudades,
há Natais em cada canto do mundo imundo ou do mundo limpo, nem penso bem o que faço...
se vou na enfermaria das crianças do hospital e participo com elas da sua festa na segunda,
se visito o asilo dos velhinhos e choro com eles a emoção de mais um Natal, ou fico como estou:
observando a neve no hemisfério norte, suando o calor do sul do planeta, apenas vou e vou...
é só mais um Natal, é só a grande chance de ter o Jesus menino a nascer na paz profunda...
na paz do gelo que derreta corações empedrados ou no calor tropical que incendeie o Amor...
e que seja para sempre...
Aparecida Torneros
Tsunami ( a sós)
só posso desejar boas semanas de festas de Natal e Ano Novo, pra vcs, enviando um poema que fala de amar os que nem conhecemos, ou confiar nos seres incapazes de nos ludibriar, como os da clínica Santa Rita ou como os trombadinhas que roubam a tal paz que cada turista busca ao se encantar com a viagem da vida...pra vcs, TSUNAMI
tsunami ( a sós)
antes da grande onda
por favor, me ame a mim
ame a humanidade toda
ame a mulher songa-monga
a criança down, o velho coxo
o pedinte sujo e o pivete esperto
ame o inimigo tolo, o macaco rhesus,
a flor entreaberta, a porta fechada
dos corações endurecidos,
antes da grande ondapor favor, me beije assim
como se fosse próximo o fim
do nosso amor e dos tempos
e se compadeça do ser humano
do pobre bicho pensante e ignorante
...antes que a água nos invada
me inunde de paixão acesa me resplandeça
sim, me aqueçame enterneça
e jamais se esqueça
que haverá um dia
em que a terra-mãe
acolherá nossos restos de paixão
...antes dos tsunamis
invoque os bhamas, os deuses, os avatares,
peça perdão pelos desvalidos seu desvios
seus erros de avaliação, pelas bombas atômicas
pelas criaturas atônitas
convoque a onu, dos homens nus, dos sem destino,
e entoe pra mim, um lindo hino
de paz na terra, em meio ao luto, distribua afeto
pelos desconhecidos, pelos nossos mares revoltos
...antes da grande onda,
por favor, me diga onde está seu abraço,
onde posso apaziguar meu corpo no seu cansaço
de ser quem sou, um nada a mais, uma gioconda
sem sorriso, talvez uma alma sem corpo
...mesmo assim, querido , um último pedido lhe faço:
venha para mim, antes da onda gigante,
e me faça morrer no seu calor como uma flor...
me deixe sucumbir na sua dor como um final feliz...
me veja conformar o povo do mundo com a doçura da meretriz
e não me abandone ao tsunami feroz
sem antes me sussurrar que me quer um bem abstrato
um bem sem medidas, um bem além de nós
um bem super-humano, um bem capaz de engolir o fato
de ser quem sou, pequena e frágil, se estou assim:
como meus irmãos da Ásia e do mundo inteiro : a sós...
Aparecida Torneros
sábado, 20 de dezembro de 2008
Navidades en España
La Navidad en España.
La Navidad: Tradición Navideña, Papá Noel, intercambio de regalos
La Navidad (latín: nativitas, 'nacimiento' )? es una de las fiestas cristianas más importantes, junto con la Pascua y Pentecostés, pues celebra el nacimiento de Jesucristo. Se inicia con la Natividad o Día de Navidad, el cual es celebrado el 25 de diciembre por la Iglesia Católica, la Iglesia Protestante y la Iglesia Ortodoxa Rumana y el 7 de enero en la Iglesia Ortodoxa, ya que no aceptó el calendario gregoriano, que reformó el calendario juliano de la época romana.
Los angloparlantes utilizan el término Christmas, cuyo significado es ‘misa (mass) de Cristo’. En algunas lenguas germánicas, como el alemán, la fiesta se denomina Weihnacht, que significa ‘noche de bendición’. Las fiestas de la Navidad se proponen, como su nombre indica, celebrar la natividad (o sea, el nacimiento) de Jesús de Nazaret en este mundo.
La Navidad: Tradición Navideña, Papá Noel, intercambio de regalos
La Navidad (latín: nativitas, 'nacimiento' )? es una de las fiestas cristianas más importantes, junto con la Pascua y Pentecostés, pues celebra el nacimiento de Jesucristo. Se inicia con la Natividad o Día de Navidad, el cual es celebrado el 25 de diciembre por la Iglesia Católica, la Iglesia Protestante y la Iglesia Ortodoxa Rumana y el 7 de enero en la Iglesia Ortodoxa, ya que no aceptó el calendario gregoriano, que reformó el calendario juliano de la época romana.
Los angloparlantes utilizan el término Christmas, cuyo significado es ‘misa (mass) de Cristo’. En algunas lenguas germánicas, como el alemán, la fiesta se denomina Weihnacht, que significa ‘noche de bendición’. Las fiestas de la Navidad se proponen, como su nombre indica, celebrar la natividad (o sea, el nacimiento) de Jesús de Nazaret en este mundo.
Tradición Navideña
Los árboles de navidad suelen decorarse con esferas y luces.
Iluminación navideña, para alegrar las fiestas, en España Durante la temporada navideña, se suelen celebrar varias fiestas además de la de Nochebuena, como las posadas, que son fiestas (muy comunes en países como México) en las que se recrea la forma en que María y José pidieron un refugio para que naciera su bebe, Jesús el niño Dios.
También es costumbre colocar árboles de navidad, que son pinos o abetos con adornos como esferas y luces. Debajo de éste se coloca un Nacimiento, es decir una representación de la forma en que nació Jesús. Cabe mencionar que la figura del niño Dios no se debe colocar hasta que sea 25 de diciembre.
En cada país varía la forma de celebrar la navidad, pues cada uno tiene sus propias tradiciones locales.
Orígenes de la Navidad como una Fiesta Pagana
Los orígenes de la Navidad se ubican en el amanecer de la Humanidad; la festividad se celebra durante los días que siguen al solsticio del invierno (desde el 21 de diciembre), que han tenido siempre una significación particular en la adoración de los dioses del sol. Algunas culturas creían que el dios del sol nació el 21 de diciembre, el día más corto del año, y que los días se hacían más largos a medida que el dios se hacía más viejo. En otras culturas se creía que el dios del sol murió ese día, sólo para volver a otro ciclo.
En Irán se celebra, desde hace cuatro mil años, y coincidiendo con el solsticio invernal, Yalda, el Natalicio del dios solar Mithra, el Señor de la Luz, la antigua divinidad meda-persa).
Según la mitología céltica, el dios del sol había sido crucificado tres días después del solsticio de invierno (21 + 3 = 24 de diciembre), pero resucitó de entre los muertos. Se dice que éste era el origen de la cruz céltica (simboliza el dios del sol en la cruz), mil años anterior al cristianismo. En el contexto del cristianismo, la Navidad fue formada en la edad del imperio romano.
Los romanos honraban a Saturno, el antiguo dios de la agricultura, cada año que comenzaba el 17 de diciembre. En un festival llamado Saturnalia, se glorificaban más allá de los días en que el dios Saturno gobernó. Este festival duraba cerca de siete días e incluía el solsticio de invierno, que por el calendario juliano caía el 25 de diciembre. Por la celebración de Saturnalia los romanos posponían todos los negocios y guerras, había intercambio de regalos, y liberaban temporalmente a sus esclavos. Tales tradiciones se asemejan a las actuales tradiciones de Navidad y se utilizan para establecer un acoplamiento entre los dos días de fiesta.
Papá Noel
Representación común de Papá Noel, San Nicolás, Santa Claus o Viejito Pascuero (sólo en Chile), son los nombres con los que se conoce en el mundo hispano al personaje legendario que según la cultura occidental trae regalos a los niños por Navidad.
Es un personaje inspirado en un sacerdote cristiano de origen griego llamado Nicolás, que vivió en el siglo IV en Anatolia, en los valles de Licia (actualmente en territorio del estado de Turquía). Era una de las personas más veneradas por los cristianos de la Edad Media, del que aún hoy se conservan sus reliquias en la basílica de Bari (Italia).
En otros países hispanos su nombre varía, en Chile se le llama Viejito Pascuero y en México, Santa Claus.
Papá Noel y la Navidad
Pero ¿cómo se lo relaciona con los regalos de Navidad? En la antigüedad, en Roma, se realizaban fiestas –a mediados de diciembre- en honor a Saturno (Cronos para los griegos), al final de las cuales los niños recibían obsequios de todos los mayores. En otra época posterior, cuando el mito de Papá Noel aun no se había corporizado, los niños italianos recibían regalos de un "hada" llamada Befana. Mientras que los pueblos de algunos valles vascos y navarros, los regalos los traía el carbonero Olentzero y también duendes de barba blanca, botas altas y gorro de armiño. Con el tiempo y con los prodigios conocidos de San Nicolás, éste fue remplazando a algunos de estos personajes paganos.
http://es.wikipedia.org/wiki/Navidad
Los árboles de navidad suelen decorarse con esferas y luces.
Iluminación navideña, para alegrar las fiestas, en España Durante la temporada navideña, se suelen celebrar varias fiestas además de la de Nochebuena, como las posadas, que son fiestas (muy comunes en países como México) en las que se recrea la forma en que María y José pidieron un refugio para que naciera su bebe, Jesús el niño Dios.
También es costumbre colocar árboles de navidad, que son pinos o abetos con adornos como esferas y luces. Debajo de éste se coloca un Nacimiento, es decir una representación de la forma en que nació Jesús. Cabe mencionar que la figura del niño Dios no se debe colocar hasta que sea 25 de diciembre.
En cada país varía la forma de celebrar la navidad, pues cada uno tiene sus propias tradiciones locales.
Orígenes de la Navidad como una Fiesta Pagana
Los orígenes de la Navidad se ubican en el amanecer de la Humanidad; la festividad se celebra durante los días que siguen al solsticio del invierno (desde el 21 de diciembre), que han tenido siempre una significación particular en la adoración de los dioses del sol. Algunas culturas creían que el dios del sol nació el 21 de diciembre, el día más corto del año, y que los días se hacían más largos a medida que el dios se hacía más viejo. En otras culturas se creía que el dios del sol murió ese día, sólo para volver a otro ciclo.
En Irán se celebra, desde hace cuatro mil años, y coincidiendo con el solsticio invernal, Yalda, el Natalicio del dios solar Mithra, el Señor de la Luz, la antigua divinidad meda-persa).
Según la mitología céltica, el dios del sol había sido crucificado tres días después del solsticio de invierno (21 + 3 = 24 de diciembre), pero resucitó de entre los muertos. Se dice que éste era el origen de la cruz céltica (simboliza el dios del sol en la cruz), mil años anterior al cristianismo. En el contexto del cristianismo, la Navidad fue formada en la edad del imperio romano.
Los romanos honraban a Saturno, el antiguo dios de la agricultura, cada año que comenzaba el 17 de diciembre. En un festival llamado Saturnalia, se glorificaban más allá de los días en que el dios Saturno gobernó. Este festival duraba cerca de siete días e incluía el solsticio de invierno, que por el calendario juliano caía el 25 de diciembre. Por la celebración de Saturnalia los romanos posponían todos los negocios y guerras, había intercambio de regalos, y liberaban temporalmente a sus esclavos. Tales tradiciones se asemejan a las actuales tradiciones de Navidad y se utilizan para establecer un acoplamiento entre los dos días de fiesta.
Papá Noel
Representación común de Papá Noel, San Nicolás, Santa Claus o Viejito Pascuero (sólo en Chile), son los nombres con los que se conoce en el mundo hispano al personaje legendario que según la cultura occidental trae regalos a los niños por Navidad.
Es un personaje inspirado en un sacerdote cristiano de origen griego llamado Nicolás, que vivió en el siglo IV en Anatolia, en los valles de Licia (actualmente en territorio del estado de Turquía). Era una de las personas más veneradas por los cristianos de la Edad Media, del que aún hoy se conservan sus reliquias en la basílica de Bari (Italia).
En otros países hispanos su nombre varía, en Chile se le llama Viejito Pascuero y en México, Santa Claus.
Papá Noel y la Navidad
Pero ¿cómo se lo relaciona con los regalos de Navidad? En la antigüedad, en Roma, se realizaban fiestas –a mediados de diciembre- en honor a Saturno (Cronos para los griegos), al final de las cuales los niños recibían obsequios de todos los mayores. En otra época posterior, cuando el mito de Papá Noel aun no se había corporizado, los niños italianos recibían regalos de un "hada" llamada Befana. Mientras que los pueblos de algunos valles vascos y navarros, los regalos los traía el carbonero Olentzero y también duendes de barba blanca, botas altas y gorro de armiño. Con el tiempo y con los prodigios conocidos de San Nicolás, éste fue remplazando a algunos de estos personajes paganos.
http://es.wikipedia.org/wiki/Navidad
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
A música que vinha da casa ( Paulo Coelho me enviou)
A música que vinha da casa
Paulo Coelho
Como sempre fazia na véspera de Natal, o rei convidou o primeiro ministro para um passeio. Gostava de ver como enfeitavam as ruas – mas para evitar que os súditos exagerassem nos gastos com o objetivo de agradá-lo, os dois sempre se disfarçavam com roupas de comerciantes que vinham de terras distantes.
Caminharam pelo centro, admirando as guirlandas de luz, os pinheiros, as velas acesas nos degraus das casas, as barracas que vendiam presentes, os homens, mulheres e crianças que saiam apressados para juntar-se a seus parentes e celebrarem aquela noite em torno de uma mesa farta.
No caminho de volta, passaram pelo bairro mais pobre; ali o ambiente era completamente distinto. Nada de luzes, velas, ou o cheiro gostoso de comida pronta para ser servida. Não se via quase ninguém na rua, e como fazia todos os anos, o rei comentou com o ministro que precisava prestar mais atenção aos pobres do seu reino. O ministro acenou positivamente com a cabeça, sabendo que em breve o assunto estaria de novo esquecido, enterrado na burocracia cotidiana, aprovação de orçamentos, discussões com emissários estrangeiros.
De repente, notaram que de uma das casas mais pobres vinha o som de uma música. O barraco mal construído, com várias frestas entre as madeiras apodrecidas, permitia que vissem o que se passava lá dentro, e era uma cena completamente absurda: um velho em uma cadeira de rodas que parecia chorar, uma jovem completamente careca que dançava, e um rapaz de olhar triste que tocava um tamborim e cantava uma canção do folclore popular.
- Vou ver o que está acontecendo – disse o rei.
Bateu à porta. O jovem interrompeu a música e veio atender.
- Somos mercadores em busca de um lugar para dormir. Escutamos a música, vimos que ainda estão acordados, e gostaria de saber se podemos passar a noite aqui.
- Os senhores encontrarão abrigo em algum hotel da cidade. Infelizmente não podemos ajudá-los; apesar da música, esta casa está cheia de tristeza e sofrimento.
- E podemos saber por que?
- Por minha causa – era o velho na cadeira de rodas que falava. – Durante toda a minha vida, procurei educar meu filho para que aprendesse caligrafia, de modo a ser um dos escribas do palácio. Entretanto, os anos se passavam e as novas inscrições para o cargo jamais foram abertas. Até que esta noite tive um sonho estúpido: um anjo aparecia e me pedia para que comprasse uma taça de prata, já que o rei iria me visitar, beber um pouco, e conseguir emprego para o meu filho.
“A presença do anjo era tão convincente que resolvi seguir o que dizia. Como não temos dinheiro, minha nora foi hoje de manhã até o mercado, vendeu seus cabelos, e compramos esta taça que está ai na frente. Agora eles tentam me alegrar, cantando e dançando porque é Natal, mas é inútil”.
O rei viu a taça de prata, pediu que servissem um pouco de água porque estava com sede, e antes de partir, comentou com a família:
- Que coincidência! Hoje mesmo estivemos com o primeiro ministro, e ele nos disse que as inscrições seriam abertas na semana que vem.
O velho acenou com a cabeça, sem acreditar muito no que ouvia, e despediu-se dos estrangeiros. Mas no dia seguinte, uma proclamação real foi lida por todas as ruas da cidade; procuravam um novo escriba para a corte. Na data marcada, o salão de audiências estava cheio de gente, ansiosa para competir por tão cobiçado cargo. O primeiro ministro entrou, pediu que todos preparassem seus blocos e canetas:
- Eis o tema da dissertação: por que um velho homem chora, uma mulher careca dança, e um rapaz triste canta?
Um murmúrio de espanto percorreu toda a sala: ninguém sabia contar uma história como essa! Exceto um jovem com roupas humildes, em um dos cantos da sala, que abriu um largo sorriso e começou a escrever.
(baseado em um conto indiano)
Paulo Coelho
Como sempre fazia na véspera de Natal, o rei convidou o primeiro ministro para um passeio. Gostava de ver como enfeitavam as ruas – mas para evitar que os súditos exagerassem nos gastos com o objetivo de agradá-lo, os dois sempre se disfarçavam com roupas de comerciantes que vinham de terras distantes.
Caminharam pelo centro, admirando as guirlandas de luz, os pinheiros, as velas acesas nos degraus das casas, as barracas que vendiam presentes, os homens, mulheres e crianças que saiam apressados para juntar-se a seus parentes e celebrarem aquela noite em torno de uma mesa farta.
No caminho de volta, passaram pelo bairro mais pobre; ali o ambiente era completamente distinto. Nada de luzes, velas, ou o cheiro gostoso de comida pronta para ser servida. Não se via quase ninguém na rua, e como fazia todos os anos, o rei comentou com o ministro que precisava prestar mais atenção aos pobres do seu reino. O ministro acenou positivamente com a cabeça, sabendo que em breve o assunto estaria de novo esquecido, enterrado na burocracia cotidiana, aprovação de orçamentos, discussões com emissários estrangeiros.
De repente, notaram que de uma das casas mais pobres vinha o som de uma música. O barraco mal construído, com várias frestas entre as madeiras apodrecidas, permitia que vissem o que se passava lá dentro, e era uma cena completamente absurda: um velho em uma cadeira de rodas que parecia chorar, uma jovem completamente careca que dançava, e um rapaz de olhar triste que tocava um tamborim e cantava uma canção do folclore popular.
- Vou ver o que está acontecendo – disse o rei.
Bateu à porta. O jovem interrompeu a música e veio atender.
- Somos mercadores em busca de um lugar para dormir. Escutamos a música, vimos que ainda estão acordados, e gostaria de saber se podemos passar a noite aqui.
- Os senhores encontrarão abrigo em algum hotel da cidade. Infelizmente não podemos ajudá-los; apesar da música, esta casa está cheia de tristeza e sofrimento.
- E podemos saber por que?
- Por minha causa – era o velho na cadeira de rodas que falava. – Durante toda a minha vida, procurei educar meu filho para que aprendesse caligrafia, de modo a ser um dos escribas do palácio. Entretanto, os anos se passavam e as novas inscrições para o cargo jamais foram abertas. Até que esta noite tive um sonho estúpido: um anjo aparecia e me pedia para que comprasse uma taça de prata, já que o rei iria me visitar, beber um pouco, e conseguir emprego para o meu filho.
“A presença do anjo era tão convincente que resolvi seguir o que dizia. Como não temos dinheiro, minha nora foi hoje de manhã até o mercado, vendeu seus cabelos, e compramos esta taça que está ai na frente. Agora eles tentam me alegrar, cantando e dançando porque é Natal, mas é inútil”.
O rei viu a taça de prata, pediu que servissem um pouco de água porque estava com sede, e antes de partir, comentou com a família:
- Que coincidência! Hoje mesmo estivemos com o primeiro ministro, e ele nos disse que as inscrições seriam abertas na semana que vem.
O velho acenou com a cabeça, sem acreditar muito no que ouvia, e despediu-se dos estrangeiros. Mas no dia seguinte, uma proclamação real foi lida por todas as ruas da cidade; procuravam um novo escriba para a corte. Na data marcada, o salão de audiências estava cheio de gente, ansiosa para competir por tão cobiçado cargo. O primeiro ministro entrou, pediu que todos preparassem seus blocos e canetas:
- Eis o tema da dissertação: por que um velho homem chora, uma mulher careca dança, e um rapaz triste canta?
Um murmúrio de espanto percorreu toda a sala: ninguém sabia contar uma história como essa! Exceto um jovem com roupas humildes, em um dos cantos da sala, que abriu um largo sorriso e começou a escrever.
(baseado em um conto indiano)
Conto de Natal de Paulo Coelho
Paulo Coelho (paulocoelho@paulocoelho.com.br)
Enviada:
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008 11:57:15
Para:
aparecidatorneros@hotmail.com
1 anexo(s)
Conto Nat...doc (17,3 KB)
Estimado(a) leitor(a), Feliz Natal e um Ano Novo com muitas realizações são meus sinceros desejos. Como maneira de agradecer o apoio recebido em 2008, estou enviando o conto de Natal que escrevi para as colunas que tenho em diversos jornais do mundo a exemplo dos anos anteriores. Um grande abraço, Paulo Coelho
Enviada:
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008 11:57:15
Para:
aparecidatorneros@hotmail.com
1 anexo(s)
Conto Nat...doc (17,3 KB)
Estimado(a) leitor(a), Feliz Natal e um Ano Novo com muitas realizações são meus sinceros desejos. Como maneira de agradecer o apoio recebido em 2008, estou enviando o conto de Natal que escrevi para as colunas que tenho em diversos jornais do mundo a exemplo dos anos anteriores. Um grande abraço, Paulo Coelho
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Mamãe Noel... enfrenta a crise...
Em tempos de crise, tanta lamúria,
resolvi presentear a ilusão, abandonar a penúria,
colocar no painel uma Mamãe Noel com luxúria,
sem entretanto subestimar valores éticos,
apenas para contrapor lamentos épicos,
faltando empregos, as bolsas a despencar,
só mesmo brincando com a vida, a ela brindar,
e sussurrar, repetir, acreditar, apesar, apesar, apesar...
Em tempos de recomeço de ano e de propostas,
tornar nossos corações com suas dores expostas,
capazes de recompor-se da quebradeira, só ter fé,
e seguir a caminhada humana, devagar, pé após pé,
sentindo que o Amor é ele mesmo, nosso porto seguro,
a alegria, nossa irmã apoiadora macia para futuro duro...
Em tempos de desejos de Boas Festas, Boas Falas, só as Boas...
são elas que nos amenizam as dores, nos devolvem a graça,
nos fazem brindar aos melhores dias que virão, pois tudo passa,
questão de querer, crer, lutar, reconstruir, a mão na massa...
aparecida torneros
http://anittabaroc.blogs.sapo.pt/160629.html?view=36981#t36981
Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2008
POEMA PARA O NATAL
Por Aparecida Torneros
Quero os mansos...nesta Noite quero-os todos
ao meu redor, como pequenos seres de aconchego
a eles darei meu testemunho da fé que ainda cultivo
pela humanidade inteira, quase toda em rebuliço...
Quero os mansos de pés descalços, os de pele curtida,
junto de mim espero que repousem suas almas plácidas,
seus ares de conformação, sua compreensão pelos fracos,
seu perdão pelos maus comandantes, sua carícia desprendida...
Quero os mansos de voz melodiosa, os de canção que embala,
aqueles de abençoada passagem pela terra, sem a mancha da ambição,
quero-os, melhor dizendo, dentro de mim, para que me aperfeiçoem...
que me façam aceitar as diferenças cruéis e me clareiem a comunhão...
Quero os mansos... por esta madrugada inteiros, com a paz que me ofertarem
com a aura do amor dadivoso, com a certeza do sublime, com a magia da culpa desfeita...
preciso deles para combater a solidão do meu pensamento infestado de abandonos...
Mas, se os mansos não me visitarem na noite de Natal, eu prometo, irei ter com eles...
porque preciso ser humilde, buscar as esquinas da periferia, dar um pão a quem tem fome,
vinho a quem tem sede, abraçar um corpo magro e abandonado, olhar nos olhos um irmão
que me espera, por aí, sem sequer saber meu nome, mas confiante em que o farei feliz...
Pelo menos nesta noite de Natal, com cada manso que puder encontrar,
partilharei minhas dores, apertarei suas mãos entre as minhas, e cantarei
... então é Natal... com lágrimas nos olhos e coração em festa...
http://www.paralerepensar.com.br/aparecidatorneros_poemaparanatal.htm
tags: natal
publicado por anitta às 15:32link do post comentar adicionar aos favoritos
Adicionar ao SAPO Tags
Blogar isto
1 comentário:
De Maria Aparecida Torneros a 18 de Dezembro de 2008 às 12:49
Queridaque emoção ver meu poema no seu lindo blog!beijo e Feliz Natal!vivo no Brasil, Rio de JaneiroMaria Aparecida Torneros
POEMA PARA O NATAL
Por Aparecida Torneros
Quero os mansos...nesta Noite quero-os todos
ao meu redor, como pequenos seres de aconchego
a eles darei meu testemunho da fé que ainda cultivo
pela humanidade inteira, quase toda em rebuliço...
Quero os mansos de pés descalços, os de pele curtida,
junto de mim espero que repousem suas almas plácidas,
seus ares de conformação, sua compreensão pelos fracos,
seu perdão pelos maus comandantes, sua carícia desprendida...
Quero os mansos de voz melodiosa, os de canção que embala,
aqueles de abençoada passagem pela terra, sem a mancha da ambição,
quero-os, melhor dizendo, dentro de mim, para que me aperfeiçoem...
que me façam aceitar as diferenças cruéis e me clareiem a comunhão...
Quero os mansos... por esta madrugada inteiros, com a paz que me ofertarem
com a aura do amor dadivoso, com a certeza do sublime, com a magia da culpa desfeita...
preciso deles para combater a solidão do meu pensamento infestado de abandonos...
Mas, se os mansos não me visitarem na noite de Natal, eu prometo, irei ter com eles...
porque preciso ser humilde, buscar as esquinas da periferia, dar um pão a quem tem fome,
vinho a quem tem sede, abraçar um corpo magro e abandonado, olhar nos olhos um irmão
que me espera, por aí, sem sequer saber meu nome, mas confiante em que o farei feliz...
Pelo menos nesta noite de Natal, com cada manso que puder encontrar,
partilharei minhas dores, apertarei suas mãos entre as minhas, e cantarei
... então é Natal... com lágrimas nos olhos e coração em festa...
http://www.paralerepensar.com.br/aparecidatorneros_poemaparanatal.htm
tags: natal
publicado por anitta às 15:32link do post comentar adicionar aos favoritos
Adicionar ao SAPO Tags
Blogar isto
1 comentário:
De Maria Aparecida Torneros a 18 de Dezembro de 2008 às 12:49
Queridaque emoção ver meu poema no seu lindo blog!beijo e Feliz Natal!vivo no Brasil, Rio de JaneiroMaria Aparecida Torneros
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
poemas fêmeos amores efêmeros
andei criando poemas fêmeos
muitas vezes eles me invadiram a feminilidade
e me surpreenderam pela dureza e virilidade...
descobri que são faces ocultas das luas novas
tanto que se redescobrem iluminados em trovas
ou em tecertos, talvez em sonetos ou prosas...
são tão femininos que transcendem flores
rapidamente de diluem em amores
e estes sentimentos são como cometas, efêmeros,
rapidamente passam por mim, etéreos,
ao mesmo tempo que permanecem, estéreis,
usam laços para enfeixar beijos e nós para abraços,
enfeitam-se de babados, batons e rabos de cavalo,
são tão femininamente saltitantes e dançantes,
bailam nos sonhos das meninas e das mulheres,
parecem perseguir a ilusão do graal em forma de falo,
ou será que torcem por desvendar o mistério do gargalo
que é a morte dos sentimentos em meio à plenintude,
como se fosse possível transformar o tempo em atitude
e a ação em permanência, andei criando pequenas luas
para que circudem e volteiem minhas saudades
e me façam acreditar no renascimento da finitude,
como parir vida nova em tantas efemeridades...
Cida Torneros